domingo, 18 de fevereiro de 2018

A VAQUINHA


A VAQUINHA

A vaquinha depois de violentada pelo senhorio,
Aguarda passivamente a gestação,
E, após o parto, por minutos vê seu filhinho, sua geração,
Que lhe é retirado pelo lacaio do patrão.

A vaquinha sofre muito com isso,
Depois é escravizada, ultrajada, humilhada,
Surrada, lesionada, e explorada à exaustão,
Anos de pura degradação.

O senhorio se apoderou de seu corpo, sua vida,
Obtendo lucros pela exploração,
Retirando das suas tetas, secreção,
Restando só tristeza dessa condição.

A escravização tira dela a alegria,
Seu prazer de viver e sua dignidade,
Ser senciente submetido a servidão,
Vítima de falta de civilização.

Esgotada pela extrema crueldade,
Mesmo jovem, cai, já exaurida, no chão,
É arrastada por um guincho de caminhão,
E enviada ao campo de concentração.

A vaquinha de triste vida,
Vítima da crueldade e da falta de escrúpulos,
Será assassinada friamente, sem punição,
Restos cadavéricos que seguem para comercialização.

Isso não poderia ficar assim,
O senhorio explorador e quem assassinou,
Teriam que pagar pela atróz ação,
Crueldade é vedada pela constituição.

Não se respeita os direitos dos demais,
Embora sejam eles naturais/existenciais,
Animais humanos, cruéis, usam da escravização,
Invocam nefasta supremacia para trucidação.

Será que escravizar, violentar, ultrajar,
Humilhar, surrar, maltratar, lesionar,
Terminando por matar, após explorar à exaustão,
Não caracteriza crueldade? É a questão!

José Roberto del Valle Gaspar
@EmDefesadosDireitosdosDemaisAnimais
Em 11/02/2018


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