O NADA
O
navio do nada chegou,
Animais
sendo embarcados,
Eles
não falam, nem são perguntados,
Mas
em defesa aparecem humanos civilizados.
Nas masmorras
trancados,
Sem qualquer
dignidade,
São eles
enxovalhados,
E
barbaramente maltratados.
Crueldade,
crueldade, crueldade ...
Tratam os demais
sencientes com maldade,
Humanos abjetos,
boçais,
Ignoram
direitos existenciais.
Clama-se
por justiça,
Crueldade é
inconstitucional,
Julgadores
reconhecem, dentro da jus cabedal,
Mas a decisão é
quebrada pela podridão palacial.
O navio do nada
partiu,
Nos porões,
vidas finais,
Animais
escravizados e atordoados,
Na lama de
excrementos amontoados.
Nada
de mal fizeram, são inocentes,
Mas
estão condenados, vão trucidá-los,
Em
ritual crudelíssimo, onde paz nem espia,
Ao
crédito da suposta humana supremacia.
José
Roberto Del Valle Gaspar
@EmDefesadosDireitosdosDemaisAnimais
Em
06/02/2018
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